Acabei de ver duas formigas hoje tentando subir na parede e fiquei a
observá-las; Por minutos As duas subiam com uma fagulha de
pão ás costas, me dando a impressão de que o peso para elas comparava-se a uma
enorme montanha. Ao observá-las mais e mais eu me prendia e me
rendia aos encantos daquela situação, não somente das duas formiguinhas mas de
todas que faziam o trajeto . As formiguinhas desciam já livres de suas
cargas e gentilmente desviavam do caminho, parecendo entender o sacrifício das
duas que subiam, e estas coitadinhas davam o seu Maximo, o seu possível ,
o seu limite e até o seu impossível para conduzir aquela enorme e pesada
faísca de pão! Por vezes seguiam em linhas reta uma a frente puxando e a outra
atrás segurando, às vezes parecia estar preso ao chão, aquele minúsculo
pedacinho de pão e tamanho era o esforço que faziam pra movê-lo do lugar que
elas rodavam com as perninhas no ar, sem soltar as garrinhas do tão necessário,
precioso difícil e sagrado alimento, e assim elas arduamente continuavam
a sua luta e esforçada caminha e tinha horas , que a de traz até voava em
circulo para substituir a que puxada na frente trocando de lugar e
como que por encanto andava de ré, ai eu observava e imaginava ; Assim teria
que ser a sociedade! Fazemos muito o nosso papel que ás vezes e apenas
seguir em frente, não paramos pra olhar aquele que vem tentando chegar,
de ré, em circulo, se arrastando, voando ou até mesmo dando
cambalhotas, existem muitas pessoas ao nosso lado com suas limitações e
dificuldades fazendo suas peripécias pra sobre viver, e as vezes mesmo estando
tão próximo a nossa solidariedade não supera a dos animais até mesmo daqueles
minúsculos bichinhos. Achamos difícil colaborar ou ceder o nosso lugar! E assim
com as formigas eu me encantei tanto que não conseguia parar de observá-las.
Naquele trajeto elas caminhavam ao inverso, parecia mais um dança
louca noutras vezes voavam em círculos invertendo os seus lugares no desempenho
de seus papeis, pequeninas operárias fraternas e justas na
necessidade e obrigação de seus deveres, o desejo de viver, sobreviver era
maior que ás dificuldades encontradas no caminho! '' Quero dizer amigo;
Que mesmo aqui devagarzinho em pro da nossa sobrevivência temos que fazer o que
tiver que ser feito, não importa se teremos que inverter os papeis, andar
cambaleando, saltando em circulo ou de ré, talvez as nossas cambalhotas
comparadas as da formigas não seja tão sacrificantes se levarmos em conta o seu
minúsculo tamanho, elas nos ensinam e tanto! Chego a imaginar que sua cabeça
quase inexistente e mais sabia que a nossa e o seu exemplo de
justiça, luta e garra que nos superam e muito! Por exemplo; Exercer
um gesto de amor companheirismo, ser fraterno ajudar um idoso atravessar a rua,
não temos que caminhar de ré pra exercer essa bondade, nem temos que dar saltos
maiores que nosso corpo pra conseguir um pedaço de pão''O importante e querer
chegar ao objetivo certo. Sem que sobre carregue, explore ou sejamos injustos
com nosso próximo diante desta lição devemos e nos perguntar; Nós como
família estamos nos portando como as formigas? Somos solidários com quem esta
ao nosso lado dividindo espaço e tarefas? Muitos adultos vivem como se a mãe
fosse á empregada e o pai o seu escravo afirmam que a obrigação e toda dos pais
porque não pediram pra nascer e normal se ouvir isso hoje em dia, de
filhos que nem mesmo arrumam suas camas, e como sociedade? Somo-nos iguais ou
melhores que as formiguinhas? Estamos dando vez, passagem e oportunidades para
que as pessoas consigam se superar e alcançarem seus objetivos? Não precisamos
nós questionar muito pra saber que no meio do caminho de muita gente existe
sempre um obstáculo, uma pedra ou ate mesmo pior que isto o mais cruel dos
sentimentos o egoísmo que ainda e um fator primordial que leva muitos a se
esquecer do outro e pensar só em si esquecendo o mandamento cristão amar
ao próximo como a si mesmo. E qual e o próximo mais próximo de nos? Senão
nossos pais, parentes e vizinhos? Qual o próximo mais próximo de nos
senão aquele que amanhece ao nosso lado divide o mesmo espaço trabalhos e
responsabilidades? Na lição das formigas isso e bem claro nas duas que juntas
procuravam o melhor ângulo e espaço pra garantir o seu sustento elas se viravam
no que podiam andavam pra frente, de ré, em circulo e até voavam,
trocavam de lugar, mas em nenhum instante foram individuais. Nisso fica o exemplo
se duas pessoas, parentes ou não convivem no mesmo espaço e natural
dividirem as tarefas e obrigações já diz o ditado;’’ Uma andorinha só não
faz verão!’’ assim como as formigas devem se espelhar a família, comunidade e
sociedade, enfim assim deveria ser a lição a todos os seres humanos que na
maioria se julgam grandes e inteligentes, mas que o seu intelecto só age e veem
em prol do seu próprio umbigo.
Esta
foi a lição que aprendi eu aprendi com as duas formigas hoje.
Marlucia
Divina da Silva